quinta-feira, 21 de outubro de 2010

GRÉCIA - Estamos no templo de Zeus

Hoje escrevo sobre três dias de viagem: 19, 20 e 21 de outubro. Isso porque apesar de estarmos nos segundo melhor hotel da viagem, houve uma sobrecarga de energia na véspera de nossa chegada e queimou o modem do hotel.

No último relato estávamos em Tirana, capital da Albânia. Para nós era um desafio chegar ali. Primeiro por se tratar de um lugar com uma importante e triste história, dos tempos do comunismo, em que a Albânia era o país mais fechado do mundo. Sabíamos que as coisas já mudaram, mas assim mesmo seria interessante conhecer esse país. Segundo, porque as notícias eram de estradas muito ruins. Pois bem, o país é realmente interessante, mas a capital não dispõe de atrações turísticas. Disso já falamos. E sair da Albânia foi ainda mais difícil que entrar, tudo por causa de suas estradas.

Saímos de Tirana rumo à Grécia, no sul. A estrada foi pior do que a do norte, na chegada. No começo, desde Tirana até Fier, a estrada é boa, sem problemas. Até Balish é mais ou menos. Mas o trecho de Balich - Tepelene é de lascar. Mais uma vez pegamos serra, chuva e estrada de terra, ou pior, uma estrada que já tinha sido de asfalto, mas que deve ter sido desmanchada para ser construída uma nova. Andávamos em cascalho em meio a algumas máquinas. Mas não nos pareceu que a obra iria terminar tão cedo. Saindo de Telepene tudo foi melhor. Pegamos até um pequeno trecho de pista dupla até chegar Gjirokaster, uma cidade que é tombada pela Unesco como patrimônio da humanidade.  Realmente é uma cidade muito bonita, com um grande e antigo castelo, mas como chovia, não nos foi possível conhecer tudo. Almoçamos em um restaurante muito bonito, no alto da montanha mais alta, o Kerculla . Além de é isolado e tranquilo, nós éramos os únicos clientes naquela hora. Como em toda a viagem, logo nos atendeu um que falava italiano e gostava do Brasil Parece que o sonho de todo garçom por aqui é conhecer a nossa terra.

Devemos destacar um fato interessante sobre as estradas da Albânia. Avistamos diversas barreiras da polícia rodoviária e 4 delas nos mandaram parar. Por azar duas vezes estávamos em velocidade superior à permitida, que é de apenas 50 km por hora. Mas os guardas nos liberaram assim que souberam que éramos brasileiros. Interessante ver o sorriso dos policiais. Um deles chegou a gritar para o outro que estava a uns 10 metros de distância: Brasil Brasil! Claro que todos falaram em Ronaldo, Ronaldinho e Robinho. É isso aí pessoal, Brasil é “passe livre” nas estradas da Albânia.

Depois de Gjirokaster entramos em território grego. A estrada melhorou, mas nada de autoestrada. Apenas uma estrada simples com bom asfalto. Dormimos em Ionaninna, uma movimentada cidadezinha na beira do Lago Pamvotis. Foi um dia só para a estrada. Não fizemos nada de interessante, a não ser o almoço no alto de Gjirokaster e o jantar na beira do lago de Ioaninna, para logo voltarmos ao hotel.

Dia 20 saímos de Ioannina e seguimos para o Peloponeso, onde está uma parte importante da cultura grega. Pegamos uma estrada comum e um pequeno trecho de autoestrada até passarmos pela Ponte de Patra, travessia que até alguns anos atrás só se fazia de ferry-boat. Depois de Patras seguimos rumo ao litoral oeste até chegarmos em Olympia, nosso primeiro alvo de interesse na Grécia.

Adoramos a cidadezinha, com poucas ruas de calçada, repleta de hotéis, restaurantes e lojinhas de bugigangas, tudo feito para o turista. No final da ruazinha principal encontramos um hotel que nos encantou, sobretudo porque está diante do parque arqueológico e dos museus: Hotel Olympia Palace. Quarto bom e estacionamento em frente.  Por sugestão do Paulinho decidimos parar um pouco por aqui, para descansarmos. Isso significa ficar dois dias em um mesmo lugar. Como chegamos ao final da tarde, só deu tempo de uma rápida visita no sítio arqueológico, onde voltaríamos no dia seguinte. Jantamos muito bem , tomamos um excelente vinho e fomos dormir cedo.

Nosso terceiro dia em território grego foi somente para conhecer Olympia. O que se pode fazer em apenas duas horas, gastamos muito mais do que isso, pois o interesse do Paulinho nos entusiasmou. O sítio arqueológico é apenas de ruínas e umas poucas colunas em pé mas, auxiliado por um livro que compramos por aqui, pudemos visualizar bem como era a vida há 2.600 anos. Ali estavam o Templo de Zeus e os edifícios para os jogos, além do enorme Estádio onde se realizavam as corridas e outras competições. O museu arqueológico é muito bom , com as esculturas que faziam parte do templo de Zeus e a famosa Nike que adornava a parte sua externa.

Dois dos edifícios lembraram nossa família: O Leonidium e o Filpion. Leonidium era o maior dos prédios, um quadrado com cerca de 80 metros em cada lado. Filipion é uma espécie de quiosque coreto, com altas colunas sustentando seu telhado.

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