domingo, 17 de outubro de 2010

De Dubrovnic a Podgorica

Hoje o dia foi tranquilo, com um percurso de viagem muito curto. Saímos de Dubrovnic, na Croácia, e viemos até Podgorica, em Monte Negro. Já imaginávamos que a estrada não seria boa, pois os guias apontavam 3 horas de viagem para apenas 140 km. E ainda nos disseram que na fronteira perderíamos muito tempo na fila e com a burocracia. Mas a notícia não tinha fundamento e não demoramos mais de 5 minutos na fronteira. Como sempre nos pediram passaportes e o seguro do carro. A novidade é que tivemos que pagar 10 Euros de taxa ecológica.

A viagem começa percorrendo a costa croata até seu extremo sul , entrando em território montenegrino e seguindo o mar até a cidade de Petrovac. Logo que passamos a fronteira entramos em uma pequena cidade chamada Kotor, onde pegamos um ferry-boat para atravessar um estreito braço de mar. São cerca de 10 minutos de travessia, com pouca espera para a partida.

Desde Dubrovnic até Petrovac a estrada é toda beira-mar, nos proporcionando sempre uma vista deslumbrante e boas ocasiões para fotografia. Na estrada muitas curvas em uma pista estreita de sentido duplo. Mas a vista compensou o esforço. Lembro sempre aos leitores que estamos no outono de 2010. Dizem que por aqui o verão é terrível, com gente em excesso e carro em excesso.

Depois de percorridos 80 km de litoral é que começa a serra rumo ao interior. Em Petrovac deixamos a costa e seguimos em perpendicular na direção de Podgorica. Pegamos um trecho de 20 km de estradas que é de lascar. Curva após curva, sempre beirando altos precipícios, em uma estrada péssima, muitas vezes sem proteção alguma. Desviar meio metro significa cair de uma altura considerável. Depois a estrada fica boa, quando se atravessa o Lago Scutari, que divide Montenegro e Albânia. Mas ainda ficamos só do lado de cá. Amanhã é que seguiremos para Tirana, passando por outra estrada. Podgorica é perto da divisa com a Albânia.

Chegamos em Podgorica. A cidade é pequena e nova. Não há absolutamente NADA para ver. Disseram que teria uma igreja, mas ela ainda está em construção na parte interior. Para conhecer a cidade não precisamos mais de 20 minutos. O panorama é paradoxal: horrorosos  prédios velhos e lindos e modernos edifícios. Há excelentes hotéis e muitos bons restaurantes. Mas servem somente para negócios, pois não há turismo por aqui. Almoçamos no restaurante Carine, muito grande e bonito. A cozinha é italiana, como em quase todos os restaurantes da cidade.

Montenegro tornou-se independente da Sérvia há apenas 4 anos, mas já está em pleno desenvolvimento. Adotou unilateralmente o Euro como moeda nacional, sem que faça parte da União Europeia e muito menos da Zona do Euro.

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